O mundo me condena
E ninguém tem pena
Falando sempre mal do meu nome
Deixando de saber
Se eu vou morrer de sede
Ou se vou morrer de fome.
Mas a filosofia
Hoje me auxilia
A viver indiferente assim.
Nesta prontidão sem fim
Vou fingindo que sou rico
Para ninguém zombar de mim.
Não me incomodo
Que você me diga
Que a sociedade
É minha inimiga.
[Hoje] cantando neste mundo
Vivo escravo do meu samba
Muito embora vagabundo.
Quanto a você
Da aristocracia
Que tem dinheiro
Mas não compra alegria
Há de viver eternamente
Sendo escrava desta gente
Que cultiva hipocrisia.
Noel Rosa, 1933
Alguém falou que quando nós não sabemos o que falar ou escrever, nós cantamos para tentar dizer o que sentimos e ou o queremos...Estou iniciando a escrita de meu blog com as palavras de nosso Rosa e assim o primeiro passo vai sendo dado.
ResponderExcluirhauAHuahUAHaAHuah...gostei!
ResponderExcluirConheças todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana.
ResponderExcluirGostei primo.
Além de uma poesia musicada, é também a historia de uma vida...
ResponderExcluirhummm... interessante.
ResponderExcluirvaleu bixo, continue assim.
Massa. Não sabia que era dele. Só conhecia a versão do Chicuzinho.
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